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HERBERTO HELDER FECHOU OS OLHOS

por sopa-de-letras, em 24.03.15

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Herberto_H%C3%A9lder

 

 

Faz hoje, precisamente, uma semana, estava na minha casa em Lisboa, passando os olhos pelas lombadas dos muitos livros da minha biblioteca( um dos meus bens mais preciosos, para mim....claro ), tentando decidir quais seriam os felizardos que , no dia seguinte, viajariam ate Londres. Parei num de lombada grossa , intitulado Obra Poetica de Herberto Helder, da editora Assirio e Alvim. Peguei nele, folheei, deixei que os olhos percorressem algumas paginas, e sobretudo, revivi momentos. Pensei no homem que me apresentou aquele livro, lembrei-me que o tempo era sempre curto para as nossas conversas sobre livros e escritores.

Herminio Monteiro, que infelizmente, partiu bastante cedo,  era a cara da Assirio e Alvim, naquela `epoca. Aquela editora intrigava-me. Eu conhecia bem o mundo editorial portugues. Tinhamos boas editoras, mas duma forma geral toda a gente se preocupava muito com o aspecto comercial.

A Assirio, porem, apostava em obras que, dificilmente, os outros apostariam. Agradava-me aquela postura.

Foi num desses encontros que soube da existencia do Herberto Helder.

Hoje fiquei triste por saber que partiu. Digo partiu, porque quem deixa o legado que ele deixou, nao morre.

Lembrei-me que o tal livro que folheei , uma semana atras, ficou em Lisboa. Como `e muito volumoso, e o espaco `e sempre pouco, para tudo o que quero trazer, optei por outros. Agora gostaria de o ter aqui.

 

publicado às 18:56


...

por sopa-de-letras, em 06.11.13

http://poetaeopovo.blogs.sapo.pt/

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publicado às 22:07


SONETO DO AMOR TOTAL

por sopa-de-letras, em 27.10.13

Soneto do Amor Total

 

Amo-te tanto, meu amor ... não cante

O humano coração com mais verdade ...

Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade

Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente

De um amor sem mistério e sem virtude

Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde

É que um dia em teu corpo de repente

Hei de morrer de amar mais do que pude.

 

Vinicius de Moraes

publicado às 13:02


COMO O PASSARINHO

por sopa-de-letras, em 25.10.13

 

MEU PALRAR NAO QUER DIZER

QUE A VIDA P'RA MIM SORRI

 `E APENAS P'RA ESQUECER

O MUITO QUE JA SOFRI

 

 

 

 

 

publicado às 10:49


ESTUPIDEZ

por sopa-de-letras, em 24.10.13

 

Como é estúpido o amor

Não é cego, e não quer ver

Sorrindo disfarça a dor

Ouve e nao quer perceber

publicado às 14:36


DESPERTAR

por sopa-de-letras, em 23.10.13

P'la manhã ao acordar

Minha alma triste sorri

Pé ante pé te vai beijar

Braços  abertos para ti

 

 

 

publicado às 06:11


RAÇA PURA

por sopa-de-letras, em 17.10.13

 

Traz a jaqueta elegante

O colarinho engomado

A guitarra, e num instante

Começa a cantar o fado

 

Olhar de conquistador

Seu sorrir malicioso

Tem no coração a dor

No corpo o jeito vaidoso

 

Tira da trouxa emoções

Do alforge saca o charme

Chama a si as atenções

E não há quem o desarme

 

Como se no campo andasse

Cuidando toiros de raça

Dá piropos a quem passe

Espalha no ar sua graça

 

Altivo mas bem disposto

Cativante o seu cantar

Esconde no peito o desgosto

Dum amor por inventar

 

Tudo pára quando chega

Escutam-no com fervor

É campino, não se apega

Mas distribui muito amor

 

E no canto mais escuro

Da sala onde deslumbra

Vai-lhe inventando o futuro

A cigana, na penumbra

 

BL

publicado às 16:28


POETA É O POVO

por sopa-de-letras, em 15.10.13

 

Se algum dia te encontrar

Nao baixes o olhar teu

Quero ver se o teu olhar

Guarda tanto como o meu

 

BL

 

publicado às 14:52


Ora......O ZE POVINHO NAO SABE NADA !

por sopa-de-letras, em 14.10.13

 

Poema, gentilmente, dedicado á classe política

 

 

Não batam mais no ceguinho

O tema já não é novo

Sabem lá com que carinho

Andamos roubando o povo

 

Porque o Zé não saberia

O que fazer, pois então

A gente sempre alivia

A sua preocupação

 

O dinheiro na mão do povo

Só serve para atrapalhar

Tanto o velho como o novo

Sabem lá onde o gastar !

 

Não é flor p'ra cheirar

Esta nossa profissão

Qualquer um sabe roubar

De fato e gravata....não !!!

 

BL

 

 

Vai um cheirinho???

 

Ai tem......

 

Este é um de muitos .......É por causa destes xulos que o nosso País está como está...Partilha sempre esta vergonha.........

 

 

publicado às 13:36


CHUVA

por sopa-de-letras, em 12.10.13

 

Escorre nos vidros da janela

Água pura e transparente

Pela face, tal como ela

Escorre o que a alma sente

 

Chega sem ser esperada

Pára quando quer parar

É como menina mimada

Que ninguem pode domar

 

Baixa a poeira da estrada

Faz renovar a paisagem

Se no campo é desejada

No burgo nem de passagem

 

 

Nem todos pode agradar

Se chega em dia de festa

No seu singelo pingar

A uns molha, outros refresca

 

Oh chuva, chuva, chuvinha

Chuva miudinha miudinha

Dancando assim molhadinha

Vem regar a minha hortinha

 

BL

 

 

 

 

 

publicado às 01:11