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RAÇA PURA

por sopa-de-letras, em 17.10.13

 

Traz a jaqueta elegante

O colarinho engomado

A guitarra, e num instante

Começa a cantar o fado

 

Olhar de conquistador

Seu sorrir malicioso

Tem no coração a dor

No corpo o jeito vaidoso

 

Tira da trouxa emoções

Do alforge saca o charme

Chama a si as atenções

E não há quem o desarme

 

Como se no campo andasse

Cuidando toiros de raça

Dá piropos a quem passe

Espalha no ar sua graça

 

Altivo mas bem disposto

Cativante o seu cantar

Esconde no peito o desgosto

Dum amor por inventar

 

Tudo pára quando chega

Escutam-no com fervor

É campino, não se apega

Mas distribui muito amor

 

E no canto mais escuro

Da sala onde deslumbra

Vai-lhe inventando o futuro

A cigana, na penumbra

 

BL

publicado às 16:28


OH MARIA VAI

por sopa-de-letras, em 17.10.13

publicado às 15:34