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Hoje foi um dia especial que me emocionou e me causou alegria.
Na Mouraria e, por ocasiao do Tributo ao fadista Fernando Mauricio, filho do bairro e falecido ha 14 anos, no dia 15 de Julho, assisti a momentos inesqueciveis.
Outros filhos do bairro, felizmente bem vivos, reencontravam-se , apos uma ausencia de muitos anos.
`E claro que houve abracos e lagrimas, e dizia-me um deles:
Sabe o que `e??? Nos somos os ultimos desta geracao e ja nao vamos ca andar muito tempo.
No brilho dos seus olhos lacrimejantes eu li a pena com que as palavras eram pronunciadas.
Tudo isto tendo como testemunha a esquina da carismatica Rua do Capelao, onde se encontra o monumento que homenageia o fado e a guitarra portuguesa.
Fiquei a pensar que, de facto, esta geracao que esta a findar, leva consigo uma forma de sentir e de viver unicas; e tenho muita pena das novas geracoes, porque, do meu ponto de vista, sao bem mais infelizes do que nos.
Ficou-me tambem o sentimento que sempre me assalta em situacoes deste calibre...Isto `e a felicidade...a felicidade no seu todo nao existe...sao este pequenos momentos , duma intensidade sem par, que sao a felicidade.
Hoje eu fui feliz. Obrigada Jorge Miguel.
No sabado dia 7, arranquei rumo a Heathrow, eram 4,30 h da manha. Em qualquer outra situacao, apos uma semana de trabalho e quase sem dormir, estaria de rastos. Mas o rumo era Portugal, e entao tudo muda de figura. Estava fresca.
Tinha assuntos inadiaveis a tratar, estava previsto ir sozinha, mas foram-se juntando, um a um, e acabamos por ser quatro.
Chegar a Lisboa numa manha soalheira `e, simplesmente, fantastico.
Aquela voltinha que o aviao vai dar `a Costa, traz mais magia `a chegada.
Depois do fim de semana em familia, matando saudades, segunda feira de manha ja estava em Evora, para tratar das burocracias. Corri o dia todo, mas valeu a pena, porque consegui tratar de tudo.
Foi uma semana aproveitada ao minuto. Embora nao tivesse estado com todos os amigos e familiares que gostaria, estive com pessoas que me sao queridas, e que nao via ha muito tempo, o que me deixou de alma lavada.
Gosto do improviso. Tenho mas recordacoes de encontros planeados `a distancia, que nunca chegaram a acontecer.
Foi uma semana fantastica. Amei.
Sabado 16, `as 7h da tarde, estava no aviao de regresso a Londres.
ADEUS PORTUGAL...mais uma vez. Nao sou grande fa do seu estilo.
Gosto mais do belo e do harmonioso, do que de figuras horrendas,
mesmo sabendo que sao gritos da alma estampados na tela.
No entanto, sou uma grande admiradora do seu trabalho, obra de valor incalculavel.
Custa ver como Portugal trata tao mal os seus filhos, que vao sendo, por isso, perfilhados por outros paises.
Alguns, sem alternativa, foram embora um dia, cresceram longe, e depois de "grandes",
teimosamente insistiram em voltar, recebendo em troca, apenas desilusao.
Ai minha terra, que `es mais madrasta que mae !
Bem hajas PAULA REGO, por engrandeceres com o teu trabalho, o nome de PORTUGAL !