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Acabei de ver alguem, em foto, na internet, que nao via ha vinte anos.
Meu Deus !!!
Era um corpo perfeito, um rosto bonito, olhos grandes , brilhantes, sorridentes por natureza. A boca era grande e bonita de labios perfeitos.
Dispensava qualquer tipo de maquilhagem.
Agora?
Dificilmente se reconhece.
Somente quando vemos alguem que nao viamos ha vinte ou trinta anos, `e que percebemos o choque que os outros sofrem quando nos encontram, passado esse tempo.
Aconteceu-me recentemente o encontro com uma pessoa que nao via ha trinta anos, o Manel.
A sala estava cheia de gente, eu ja la estava e ele chegou.
A pressa com que vinha para me ver, foi-se no momento em que chegou `a porta e o seu olhar me alcancou. Parou, e ali ficamos, ele na entrada da porta, eu na outra ponta da sala, como se o tempo tivesse parado de repente. Toda a gente se calou, e envolvidos por aquele silencio gritante, as nossas mentes para ali andavam a tentar ligar as imagens do passado aquilo que os nossos olhos estavam a ver. Tarefa dificil.
Foi apos o choque, que os nossos olhos se encheram de lagrimas, e entao, lentamente, avancamos um para o outro e abracamo-nos, num abraco choramingao, como se quisessemos abracar e segurar tudo aquilo que era nosso e o tempo nos levou. Nao sei quanto tempo assim ficamos, mas sei que foi muito e muito intenso.
O Manel`e irmao do meu ex marido. O unico irmao homem e o mais novo de todos os irmaos.
Quando me casei com o irmao dele, ele era ainda um garoto.
Viveu em minha casa quando veio para Lisboa , aquando do seu primeiro emprego. O papel que, na altura, assumi em relacao a ele era mais o de mae para filho, do que propriamente de irmaos. Nao pela diferenca de idades, que nao era assim tao grande, mas porque ele era muito infantil.
A vida `e um AI que mal soa
Rapidamente passamos de coisinhas frageis e indefesas ao explendor dos trinta e dos quarenta anos, e depois `e sempre a descer...
Entramos nessa espiral descendente que, velozmente, nos arrasta para o final.