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CADA UM É COMO CADA QUAL

por sopa-de-letras, em 08.09.16

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Sómente pela força poderão vencer-me.
Sou assim.
Jamais me renderei.
Poderei passar por este mundo sem deixar rasto, mas jamais me juntarei a grupos para ser visível.
Posso juntar-me a grupos por saudade, por carinho, por entusiasmo ou por paixão, mas nunca para sobressair.
Preciso de liberdade para os meus pensamentos, para as minhas loucuras, para os meus devaneios.
Não posso enquadrar-me em esquadrias. Espaços fechados sufocam-me.
Odeio o sinto de segurança do automóvel. Incomoda-me. tolhe-me os movimentos.
Como qualquer animal, nasci livre, ainda que em liberdade limitada, como a de uma pantera que nasce no cativeiro.
Logo que pude, rebentei as grades.
Detesto barreiras, correntes ou algemas.
É por isso que vivo solta dentro de mim propria, independentemente do mundo que me rodeia.
Respeito os outros e as suas normas, as suas formas de viver e aceito com, um sorriso, o desprezo a que por vezes sou votada, exactamente, por ser livre de pensamento e de sentimentos.
Tal como o vento que um dia há-de soprar as minhas cinzas, e me levará a conhecer este mundo estranho e, quem sabe, o universo... tal como o vento eu sou livre.
Movimento-me no espaço que me foi destinado, ás vezes rugindo, ás vezes soprando, ás vezes acariciando, ás vezes parada...observando apenas.
Sou assim, gosto de ser assim .
Mais do que gostar, agradeço por ser assim, uma vez que não tive qualquer poder de decisão na escolha da minha maneira de ser.

 

PS: fizeram muito mal em não deixar que o meu nome fosse

" Liberdade " , como estava previsto. Tinha muito mais a ver comigo. Logo aí, começaram a impor-me regras, talvez essa falta de liberdade tenha influenciado toda a minha vida.

publicado às 09:37